SISTEMA DE TRATAMENTO DE EFLUENTE

O sistema de tratamento serve para separar a água utilizada na lavagem das áreas do óleo proveniente de possíveis vazamentos que podem ocorrer durante o abastecimento, evitando a contaminação do solo, corpos d’água e lençóis freáticos, bem como possibilitar o reaproveitamento do óleo combustível vazado para outros fins.

O sistema é composto por: caixa de retenção de areia, caixa separadora de água e óleo, caixa coletora de óleo, caixa de inspeção e sumidouro.

Devem seguir as seguintes recomendações:

No caso de serem situadas em garagens ou em locais sujeito ao tráfego de veículo devem ser providas de tampas de ferro fundido reforçadas por padrão T-100.

Se estiverem situadas em passeios ou áreas verdes podem ter suas tampas tanto em concreto como em ferro fundido padrão T-33.

A caixa retentora deve ser construída em alvenaria, com espessura mínima de 20 centímetros, e o seu interior impermeabilizado.

Deve possuir dimensões tal que comporte o volume de efluentes gerados no manuseio e utilização da área de abastecimento.

No caso de vazamento total ou parcial do tanque, um caminhão apropriado deve ser acionado para a captação do efluente gerado.

CAIXA DE RETENÇÃO DE AREIA

Serve para reter o material mais pesado, impedindo que materiais grosseiros passem para a caixa separadora de água e óleo.

Deve ter dimensões que proporcionem baixa velocidade do fluxo líquido, para que haja a deposição de resíduos sólidos como areia, pedras, estopas, entre outros, no fundo da caixa.

Para aumentar sua eficiência deve-se adaptar uma tampa furada no cano de saída da caixa, a fim de ajudar na filtragem dos sólidos em suspensão.

 A limpeza deve ser feita sempre que houver lavagem da área de abastecimento ou da bacia de contenção. Durante a época das chuvas, a manutenção deve ser periódica para evitar o entupimento. A limpeza da caixa consiste na retirada dos sólidos sedimentados.

CAIXA SEPARADORA DE ÁGUA E ÓLEO

É responsável pela separação do óleo combustível do restante do efluente. O óleo separa-se naturalmente da água, por ser menos denso, mantendo-se na superfície.

A captação da água ocorre através de um fecho hídrico instalado no fundo da caixa;

Essa tubulação deve ser vedada na parte superior para que não haja a entrada do óleo.

A saída do óleo é composta por uma tubulação em formato de sifão, com a abertura voltada apara cima; esta tubulação deve ser instalada na parte superior da caixa e ser ligada a caixa coletora de óleo.

CAIXA COLETORA DE ÓLEO

Destina-se ao acúmulo do óleo combustível para posterior sucção e/ou reaproveitamento.

Trata-se de uma caixa escavada no solo, que recebe o efluente através de um registro de gaveta.

O escoamento do óleo combustível, da caixa separadora para a caixa coletora, deve ser feita de forma manual através da abertura do registro.

O coletor pode ser um balde/tina impermeável com volume que possa acomodar todo o óleo escoado. Esse balde/tina deve possuir alça e tampa para transporte, ser adaptado com uma torneira em sua base, utilizada para separar a água que por acaso possa vir misturado a esse óleo. Esta água deve ser novamente enviada a caixa separadora, e o óleo enviado para o destino final.

CAIXA DE INSPEÇÃO

Serve para avaliar o funcionamento e a eficiência do sistema de tratamento. Deve ser construída em alvenaria. A ligação entre a caixa de inspeção e o sumidouro deve ter uma declividade que permita o fluxo hídrico entre os mesmos.

SUMIDOURO (FOSSA SÉPTICA)

É uma caixa em alvenaria, ou em manilha pré-moldada, que deve permitir a infiltração do efluente tratado no solo.

Para a definição da profundidade do sumidouro deve ser observado o nível do lençol freático, sendo normalmente utilizada a profundidade de 1 metro.

O sumidouro deve ser construído em cota inferior ao do poço de captação de água.

Recomenda-se acrescentar brita (cascalho) no fundo do sumidouro, para ajudar a infiltração do efluente no solo.

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